No desenrolar da trama, o cortiço se torna um microcosmo da sociedade brasileira, refletindo suas contradições e injustiças. A obra de Aluísio Azevedo é considerada uma crítica social contundente e uma importante representação da vida urbana e das relações de poder no Brasil durante o Segundo Império.
O livro de romance "O Cortiço" foi publicado em 1980 pelo autor Aluísio Azevedo (1857-1913). A obra retrata a vida nos cortiços do Rio de Janeiro do século XIX, explorando temas como a decadência moral, as relações sociais, a luta pela sobrevivência em meio à pobreza e as vidas de cada personagem se entrelaçando e repercutindo umas nas outras ao mesmo tempo.
O livro conta, entre uma série de histórias, a de João Romão, o avarento dono do cortiço que vive com a ex-escrava, Bertoleza. Como palco para mais uma porção de histórias secundárias – como a de Jerônimo e de Rita Baiana, de Pombinha e de Leocádia – o próprio cortiço parece tornar-se um organismo vivo, a ponto de adquirir vida própria como mais um personagem do romance.